sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ballack Fora



Por Guilherme Marçal


Ballack está fora do Mundial. Qual será o destino da Alemanha na Copa? Boateng merece punição? E a arbitragem europeia? Vejamos o caso mais a fundo


Esta é uma história que ainda dará muito o que falar. O craque alemão Michael Ballack foi vetado pelo departamento médico da maior disputa do futebol mundial. O motivo? Uma entrada criminosa de Boateng rompeu os ligamentos do tornozelo direito, durante a final da Copa da Inglaterra, entre Chelsea e Portsmouth. Agora, qual a principal polêmica desse caso? Vejamos.

Kevin-Prince Boateng nasceu na Alemanha e se naturalizou ganês. Seu meio-irmão, Jerome, joga na seleção alemã e está entre os 30 pré-convocados. Kevin, porém, está entre os convocados de Gana, um dos 3 rivais da fase de grupos da Alemanha. Além do confronto familiar, nos vemos numa situação mais delicada ainda: teria Kevin machucado Ballack para desfalcar seu futuro rival? Tal tese conta com bastante apelo popular na Alemanha, que se sentiu prejudicada com a perda de seu principal jogador. O meio-campista infrator, respondeu às duras críticas de Ballack à sua ríspida falta, alegando que o alemão o agredira com um tapa antes da fatídica falta. Apressou-se em dizer, no entanto, que um fato não justificaria o outro. Paralelo a isso, o empresário de Ballack já cogitou processar o jogador ganês. Será mesmo preciso isso tudo?

Embora seja um fato trágico para os alemães, por não possuírem um meia de mesmo estilo de jogo no país, não se deve julgar a índole do jogador, pois coincidências são passíveis de acontecer. Temos visto frequentemente no futebol europeu faltas violentas, capazes de deixar jogadores entregues ao departamento médico por mais de um ano, como o ocorrido com Eduardo da Silva e, mais recentemente, com Ramsey, ambos do Arsenal. Devemos usar isso também como uma crítica à arbitragem do velho continente, que sempre deixou o jogo seguir, tolerando infrações que, no Brasil, seriam punidas. Não estou criticando o jogo mais dinâmico, apenas peço uma maior atenção com a violência em campo, para que o espetáculo não seja prejudicado, tal como a carreira de jogadores importantes. O primordial mesmo é primar pelo Fair Play e não se preocupar com problemas extra-campo. Desse modo teremos uma Copa do Mundo digna do que se espera dela: que seja justa, disputada e emocionante.


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