segunda-feira, 3 de maio de 2010

E agora, Dunga?



Por Pedro Daniel M. Campos


A 38 dias para o inicio da copa e a 7 apenas da convocação, Dunga encontra-se em situação complicada


Neste domingo foi realizada a final do campeonato paulista entre o badalado Santos e o surpreendente Santo André. De fato o jogo foi muito interessante do aspecto técnico, mas isso é exatamente aquilo que todos já sabem e, muito provavelmente, não diz respeito a copa nem seleção.
Desde o começo da ascensão do “Time da Vila” são incluídos na lista da copa dois jogadores sem qualquer internacionalização oficial na seleção principal: Neymar e Paulo Henrique Ganso. Pratas da casa; filhos do berço do Rei. Neymar, por exemplo, foi chamado de Novo Robinho já aos 16 anos pela forma de jogar e a intimidade que tinha com a bola.
De fato os maiores críticos de todo o Brasil começaram a bater á porta do Dunga implorando para que os garotos tivessem um lugar na copa. Era algo a se analisar: dois jogadores jovens, sem qualquer experiência, na maior competição futebolística que existe. Como julgar maturidade? Como esperar tanto de jogadores que nunca vestiram a amarelinha? Era o que eu diria. Até ontem.
Neymar é, atualmente, o artilheiro do Santos na temporada. Autor de 2 gols na final. Paulo Henrique foi o craque do jogo. Administrou, segurou o time do Santo André com maestria e ainda deu uma linda assistência para o segundo gol do seu time. Falamos de responsabilidade, Paulo Henrique se recusou a ser substituído. Diante de tantos veteranos jogando como titular, foi aquele garoto de 20 anos que assumiu a responsabilidade de ficar em campo e levar a taça pra casa.
Costumo dizer que ser técnico da seleção Brasileira é a profissão mais fácil e a mais difícil do mundo. Fácil pelo enorme leque de opções de qualidade que se tem para montar um time e, por outro lado, difícil pelo fato de que são apenas 23 convocados e, a imprensa, principalmente, não perdoa. Oh Duvida Cruel!
Graças a Deus não sou eu que tenho que “descascar esse abacaxi”! Muito se falou de maturidade e experiência nesse texto. Devo lembrar que, ao ser chamado para dirigir a seleção Brasileira, o técnico Dunga não era aquilo que podemos chamar de “Experiente”.
Diante de todos esses fatos, só me vem uma questão à cabeça:
E agora, Dunga?

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