Será que agora vai?
Por Guilherme Marçal
Espanha vence Paraguai, se classifica para as semi-finais e se aproxima do inédito título
A Fúria é semi-finalista. A vitória magra, no jogo dessa noite, em Joanesburgo, levou os espanhóis a se garantir entre as quatro melhores seleções da Copa, fato que não ocorria desde 1950, quando ficou em 4º lugar. Aos paraguaios, a certeza de que o time lutou até o final e mostrou toda a sua capacidade, na melhor campanha da história do país. Saem de cabeça erguida. À Espanha, resta esperar pelo confronto diante da Alemanha, no que será um dos melhores jogos da Copa, valendo vaga na grande final do dia 11 de julho.
O primeiro tempo da partida teve muito poucas chances de gol. O Paraguai se defendeu muito bem e a Espanha não conseguiu se sair bem na criação de jogadas. Com poucos arremates e um número ainda menor de oportunidades mais agudas, a primeira etapa não empolgou. O único chute na direção da meta foi dado por Jonathan Santana e, mesmo assim, Casillas defendeu sem dificuldades. O outro lance foi mais bonito, protagonizado pelo craque espanhol Xavi: ele pegou com rara beleza na bola por cobertura, mas a bola foi por cima, perto do gol do goleiro Villar. E foi só.
A segunda etapa foi muito mais emocionante. Dois pênaltis desperdiçados, jogo dramático, gol salvador e belas defesas dos dois lados. Aos 11 minutos, Cardozo foi puxado na área por Piqué e o juiz assinalou pênalti para o Paraguai. O próprio artilheiro do Benfica na temporada pegou a bola, mas bateu mal, nas mãos de Casillas. Incrivelmente, no lance seguinte, Villa foi lançado e recebeu a carga por trás do zagueiro Alcaraz. O segundo pênalti num espaço de apenas dois minutos. Xabi Alonso foi para a bola e mandou para as redes. No entanto, o árbitro mandou voltar a cobrança, diante da invasão de área dos espanhóis. Na segunda batida, o volante do Real Madrid chutou nas mãos do goleiro Villar e Fábregas ainda perdeu no rebote. Aos 17, Iniesta recebeu passe pela esquerda e bateu colocado para boa defesa do arqueiro paraguaio. Doze minutos mais tarde, Xavi arriscou uma bomba de fora da área, mas a bola passou longe. Aos 37, finalmente, a bola estufaria as redes. Iniesta entrou driblando na área e rolou para Pedro. O jovem atacante do Barcelona tirou do goleiro, acertou a trave e, no rebote, Villa finalizou para abrir o marcador, não sem antes a bola resvalar por duas vezes nas traves sul-americanas. Foi o quinto gol do camisa 7, que se isolou na artilharia da Copa com mais esse tento. Contudo, o Paraguai não se entregou e, aos 43, por muito pouco não consegue levar a partida para o tempo extra: Lucas Barrios bateu para o gol, Casillas bateu roupa, mas se recuperou ao fazer defesa decisiva, aos pés de Roque Santa Cruz. Aos 44, em contra-ataque, a Espanha teria a chance de matar o jogo, mas Villa chutou em cima de Villar. Já era tarde para os paraguaios. A Espanha, mais do que nunca, vem forte na briga pelo primeiro título mundial.
Destaque:
David Villa
O artilheiro da Copa 2010 mostrou novamente ser decisivo, ao marcar seu 5º gol na competição, o único da vitória diante do Paraguai
Escalações:
Paraguai: Villar; Verón, Da Silva, Alcaráz e Morel Rodriguez; Victor Cáceres (Barrios), Santana, Barreto (Vera) e Riveros; Cardozo e Valdez (Santa Cruz).Técnico: Gerardo Martino.
Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol (Marchena) e Capdevilla; Xabi Alonso (Pedro), Busquets, Xavi e Iniesta; Villa e Torres (Fabregas).Técnico: Vicente del Bosque.
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