Donos da casa se despedem com vitória
Por Guilherme Marçal
Sul-africanos vencem a França, mas são eliminados no saldo de gols; Uruguai e México avançam
A partir de hoje, as vuvuzelas vão tocar sem a mesma técnica e empenho dos animados sul-africanos. Nessa tarde, em Bloemfontein, a seleção de Parreira foi eliminada da Copa do Mundo, por conta do saldo de gols (-2) pior que o do México (+1). A desclassificação, no entanto, veio de forma digna e, de certa forma, já era esperada por muitos. Já aos franceses, coube a amargura da eliminação com derrota, somando apenas um mísero ponto na última posição do Grupo A.
O jogo não começou com chances claras de gol. Gignac e Cissé tentaram esboçar algum domínio francês, nos primeiros minutos. Contudo, foi a África do Sul que soube se impor, assim que marcou seu tento. Aos 20, Tshabalala bateu escanteio e colocou a bola na cabeça do zagueiro Khumalo, que não perdoou a saída bisonha do goleiro Lloris. Na saída de bola, Gignac girou na área e perdeu ótima chance. Na sequência, Mphela arrancou em velocidade e chutou para fora, no que seria seu ensaio para o posterior gol. Aos 24 minutos, Gourcuff tomaria o vermelho direto (o único cartão do jogo) por dar uma cotovelada no adversário, piorando o drama francês. 12 minutos depois, sairia o segundo gol africano. Masilela cruzou da esquerda para Mphela fazer um chorado gol. 2 a 0. Aos 37, Parker transformaria o placar em goleada, não fosse o impedimento bem marcado pela bandeirinha. Na jogada seguinte, Ribery bateu falta de longe obrigando o goleiro reserva Josephs a praticar linda defesa. Mphela ainda perderia boa chance, mas o primeiro tempo terminou assim mesmo. A espectativa com a classificação aumentava, pois o México perdia por 1 a 0 e faltava aos bafana "apenas" 2 gols.
A segunda etapa foi de mais domínio africano, apesar dos franceses terem conseguido diminuir a vantagem. Tshabalala, logo no início, serviu Mphela que chutou a oportunidade do terceiro na trave. O habilidoso atacante ainda obrigaria Lloris a fazer ótima intervençao numa bomba de fora da área. Após alguns ataques desordenados, a França chegou ao seu primeiro gol: Sagna arrancou pelo meio e lançou Ribery, que encontrou Malouda livre para mandar para o gol vazio. Modise e Tshabalala perderiam duas boas chances nos acréscimos, mas o destino já estava traçado. As duas seleções morreram abraçadas. Ou não, afinal, Raymond Domenech tratou de deixar claro que não estava muito amistoso, ao ignorar Parreira solenemente ao fim da partida, no tradicional cumprimento de técnicos.
Destaque:
Mphela
O ótimo atacante marcou um gol e foi responsável pelas melhores chances da partida. Mandou bola na trave e poderia ter resolvido a classificação sozinho para os Bafana
Escalações:
França: Lloris, Sagna, Gallas, Squillaci e Clichy; Diarra (Govou), Diaby, Ribéry e Gourcuff; Gignac (Malouda) e Cissé (Henry). Técnico: Raymond Domenech.
África do Sul: Josephs, Ngcongca (Gaxa), Mokoena, Khumalo e Masilela; Sibaya, Khuboni (Modise), Pienaar e Tshabalala; Mphela e Parker (Nomvethe). Técnico: Carlos Alberto Parreira.
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