terça-feira, 22 de junho de 2010

Fúria, enfim, estreia

Por Guilherme Marçal

Favorita vence Honduras por apenas 2 gols, mas mostra não ter se abalado com derrota contra Suíça


A Espanha continua perdendo oportunidades demais e deixando a objetividade de lado por puro preciosismo. Contudo, ao menos hoje, mostrou alguma eficiência nas conclusões, o que foi suficiente (e terrível seria se não o fosse) para vencer a limitadíssima seleção hondurenha. O resultado levou os ibéricos para o segundo lugar do Grupo H, passando os suíços apenas pelo saldo de gols maior. Honduras se manteve no último posto da chave sem um ponto sequer.

Num jogo de uma equipe só, a Espanha já mostrou seu cartão de visitas logo aos 6 minutos, num torpedo de Xabi Alonso que explodiu no travessão, a segund bola que ele acerta lá. Sergio Ramos perderia gol incrível na pequena área no lance seguinte. Aos 16, Villa abriu o placar. Ele carregou a bola pela esquerda, invadiu a área, passou como quis por 2 marcadores, entortou mais um e, mesmo caído, mandou no ângulo de Valladares. Aos 23, Navas cruzou para Xavi que, do alto de seu 1,70 metros, não alcançou a bola para cabecear. Fernando Torres demorou a aparecer, mas quando se apresentou para o jogo, resolveu mostrar que também consegue perder gols. Fim de primeira etapa com um magro 1 a 0.

Os espanhóis não tiraram o pé do acelerador e conseguiram marcar o segundo logo de cara, novamente com Villa. Navas rolou para o camisa 7, que ajeitou e bateu. A bola desviou na zaga e encobriu o já baixinho goleiro Valladares. Momentos depois, Sergio Ramos mandou de longe para fora. Aos 15 minutos, Villa resolveu fazer juz à fama espanhola de perder muitos gols e tratou de mostrar que também desperdiça chances. Navas foi derrubado na área e o pênalti foi marcado. Villa escolheu o canto esquerdo do goleiro e mandou para fora a cobrança. Fabregas, em seu primeiro lance no jogo, driblou o goleiro e chutou, mas o zagueiro hondurenho estava bem posicionado. Sergio Ramos e Navas, que fizeram bela partida, ainda perderiam duas boas chances. Para fechar o show de quase-gols, Villa perderia outra oportunidade na pequena área. Dia de humilhação, se não fosse a vocação impressionante dos espanhóis para errar a pontaria nessa noite no Ellis Park.


Destaque:


David Villa

Autor de dois gols, um deles belíssimo, ao driblar três zagueiros hondurenhos (o que, convenhamos, não é lá grande mérito). Perdeu um pênalti e outras chances, mas, ao menos, mostrou um mínimo de eficiência

Escalações:

Espanha: Casillas, Sergio Ramos (Arbeloa), Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Jesús Navas e Xavi (Fabregas); Torres (Mata) e Villa. Técnico: Vicente del Bosque.
Honduras: Valladares, Mendoza, Chávez, Figueroa e Izaguirre; Palacios, Guevarra, Turcios (Nuñez), Martinez e  Espinoza (Welcome); Suazo (Jerry Palacios). Técnico: Reinaldo Rueda.

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